quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Festa do Peão em Macatuba

Nessa semana, começa a 18ª Festa do Peão de Boiadeiros de Macatuba. A festa acontece entre os dias 3 e 7 de setembro, no Centro de Lazer dos Trabalhadores, com exposições de artesanato, parque de diversões, praça de alimentação e rodeio em touros – apenas com peões convidados.
A entrada é de graça em todos os dias da festa. A primeira atração musical é da dupla sertaneja Edu e Anderson, que abrem a grade festiva do evento, no dia 3. Já no dia 4, é a vez da banda Tempo Livre subir ao palco. No dia 5, quem comanda a festa é a dupla Luis Guilherme e Daniel. Dia 6 tem show com as bandas Alpharock e ABR 3. E, no encerramento da edição 2010 da Festa do Peão, a música fica por conta de Luiz Guilherme e Nadiely.
Outra atração da festa são as montarias. O melhor peão do rodeio em touros será premiado com R$ 5 mil. O segundo lugar leva R$ 2,5 mil. A premiação para o terceiro colocado é R$ 2 mil. O quarto lugar ganha R$ 1,5 mil, o quinto, R$ 1 mil, e os cavaleiros que ficarem entre sexto e décimo lugar recebem R$ 100.

Fonte: Jornal de Macatuba

terça-feira, 27 de julho de 2010

Contação de Histórias com Madalena Monteiro na Biblioteca Municipal


Madalena Monteiro é educadora e contadora de histórias. Graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Didática da Alfabetização, integrou o Grupo Pé de Palavra de Contadores de Histórias e foi professora de Educação Infantil da Escola Vera Cruz. Ministra oficinas sobre a arte de contar histórias e seu uso na sala de aula, e é formadora de educadores na Comunidade Educativa - CEDAC.
No dia 11 de Agosto a Biblioteca Municipal receberá a contadora de histórias Madelana Monteiro e o evento contará com duas sessões programadas para às 9hs e às 14hs. O evento é gratuito e contamos com a presença de todos.

Fonte: Biblioteca Municipal

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dia 9 de julho




Revolução Constitucionalista de 1932




A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil[3].

Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A Revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo (na época se dizia "presidente") Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís, que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924, colocando fim à República Velha.

Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.

Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.

No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.

São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.


Contexto da revolução de 1930 e seus desdobramentos

Na primeira metade do século XX, o Estado de São Paulo vivenciou um acelerado processo de industrialização[6] e enriquecimento devido aos lucros da lavoura de café e à articulação da política do café-com-leite, criada pelo presidente da república Dr. Campos Sales, pela qual se alternavam na presidência da República políticos dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.

No início de 1929, o governo de Washington Luís, ao nomear o paulista Júlio Prestes, apoiado por 17 estados, preteriu a vez de Minas Gerais no jogo da sucessão presidencial, rompendo a "política do café-com-leite", na qual São Paulo e Minas Gerais, os estados mais ricos e populosos da União, alternavam-se no poder, desde o governo de Afonso Pena (1906-1909) que substituiu o paulista Rodrigues Alves na presidência da República.

De acordo com este revezamento Minas Gerais - São Paulo na presidência da república, o candidato oficial, em 1930, deveria ser um mineiro, que poderia ser o presidente de Minas Gerais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ou o vice-presidente da república Fernando de Melo Viana ou ainda o ex-presidente Artur Bernardes, entre outros próceres políticos mineiros. Porém, Washington Luís, depois de consultar os 20 presidentes de estado, em julho de 1929, recebeu o apoio de 17 deles a Júlio Prestes, e o indicou como candidato oficial à presidência da república nas eleições marcadas para 1 de março de 1930. Minas Gerais, então, rompe com São Paulo, une-se à bancada gaúcha no Congresso Nacional e promete apoio a Getúlio Vargas, se este concorresse à presidência.

Em setembro de 1929, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba formaram a "Aliança Liberal" lançando Getúlio Vargas à presidência e João Pessoa, da Paraíba, a vice-presidente. Apoiavam Getúlio também o Partido Democrático de São Paulo, parte das classes médias urbanas e apenas três estados e os tenentes, que defendiam reformas sociais e econômicas para o país. Os outros 17 estados da época apoiaram Júlio Prestes.

Nesse momento, setembro de 1929, já era percebido, em São Paulo, que a Aliança Liberal, e uma eventual revolução visava especificamente São Paulo. Nos debates, na Câmara dos Deputados, e no Senado Federal, em 1929, se dizia abertamente que se a Aliança Liberal não ganhasse a eleição haveria revolução.

Tendo o senador estadual de São Paulo, Cândido Nanzianzeno Nogueira da Mota, denunciado, profeticamente, na tribuna do Senado do Congresso Legislativo do Estado de São Paulo, em 24 de setembro de 1929, que:
Cquote1.svg A guerra anunciada pela chamada Aliança Liberal não é contra o sr. Júlio Prestes, é contra nosso estado de São Paulo, e isso não é de hoje. A imperecível inveja contra o nosso deslumbrante progresso que deveria ser motivo de orgulho para todo o Brasil. Em vez de nos agradecerem e apertarem em fraternos amplexos, nos cobrem de injúrias e nos ameaçam com ponta de lanças e patas de cavalo! Cquote2.svg
— Cândido Nogueira da Mota

Candido Nogueira da Mota citou ainda o senador fluminense Irineu Machado que previra a reação de São Paulo:
Cquote1.svg A reação contra a candidatura do Dr. Júlio Prestes representa não um gesto contra o presidente do estado, mas uma reação contra São Paulo, que se levantará porque isto significa um gesto de legítima defesa de seus próprios interesses"! Cquote2.svg
— Irineu Machado

Em meio à grave crise econômica, devido à Grande Depressão de 1929 que derrubara os preços do café, Júlio Prestes, que era membro do Partido Republicano Paulista, foi eleito presidente em 1 de março de 1930, vencendo em 17 estados e no Distrito Federal, mas não tomou posse. Apesar da grande votação nos 3 estados aliancistas, Getúlio Vargas foi largamente derrotado. Júlio Prestes, em São Paulo, teve 91% dos votos válidos.

A ala mais radical da Aliança Liberal resolve pegar em armas e usa o assassinato de João Pessoa, em julho de 1930, como o estopim do movimento. O crime não teve motivos políticos, mas foi usado como tal, cujo impacto emocional deu novo ânimo aos oposicionistas derrotados. Cresce o apoio popular e os preparativos do golpe foram levados adiante e com rapidez pois se aproximava o momento da posse de Júlio Prestes.

Em 3 de outubro de 1930 estoura a insurreição. Os rebeldes tomam os três estados que irradiaram a revolução: (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba) e rumam para a capital federal.
Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson durante sua passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a Revolução de 1930.

Em 24 de outubro de 1930, um golpe militar liderado por comandantes militares no Rio de Janeiro, depõe Washington Luís e entrega, em 3 de novembro de 1930, o poder a Getúlio Vargas.

Vitoriosa a revolução de 1930, Getúlio Vargas foi nomeado chefe do "Governo Provisório" e põe fim à supremacia política de São Paulo e Minas Gerais no governo federal. Entre outras ações, como a anistia dos rebeldes das revoluções de 1922 e 1924, modificações no sistema eleitoral e a criação do Ministério do Trabalho.

Getúlio tomou posse instalando no Brasil uma ditadura: suspendeu a Constituição e nomeou interventores em todos os estados, com exceção de Minas Gerais - reforçando o conflito com São Paulo; dissolveu o congresso nacional, os congressos estaduais (câmaras e senados estaduais) e as câmaras municipais.

Além de medidas de centralização política, outras se seguiram visando ao controle econômico pelo governo central: os estados foram proibidos de contratar empréstimos externos sem autorização do governo federal; o monopólio de compra e venda de moeda estrangeira pelo Banco do Brasil fá-lo controlar, assim, o comércio exterior. O governo impõe, ainda, medidas para controlar os sindicatos e as relações trabalhistas e cria instituições para intervir no setor agrícola como forma de enfraquecer os estados.

Júlio Prestes e o presidente Washington Luís e vários outros apoiadores de Júlio Prestes foram exilados na Europa e os jornais que apoiavam Júlio Prestes foram destruídos (na época se dizia empastelados), entre eles, os jornais paulistanos Folha de S. Paulo, "A Plateia" e o Correio Paulistano e os jornais cariocas A Noite e O Paiz.

Getúlio nomeou interventores para o governo dos Estados, sendo que para São Paulo foi designado o tenente, promovido a coronel pela Revolução de 1930, João Alberto Lins de Barros, considerado pelas oligarquias como "forasteiro e plebeu" e também chamado de O pernambucano, pelo povo paulista.

O Partido Democrático (1930) que apoiara Getúlio Vargas em São Paulo, conseguindo para Getúlio 10% dos votos paulistas nas eleições de 1 de março, não conseguiu indicar o interventor federal em São Paulo.

Para o comando da 2ª Região Militar de São Paulo foi designado o general Isidoro Dias Lopes, e para o comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, então denominada "Força Pública", foi nomeado o major Miguel Costa. Ambos tinham tentado derrubar o governo paulista na Revolução de 1924. Miguel Costa havia sido expulso da Força Pública por causa de suas ações em 1924. Isidoro Dias Lopes, porém, passou para o lado dos paulistas e foi um dos comandantes da Revolução de 1932.

Após a derrota de São Paulo em 24 de outubro de 1930, quando triunfou a Revolução de 1930, foi deposto o presidente em exercício de São Paulo Heitor Penteado e o estado passou a ser governado por:

* "Gabinete dos 40 dias", tendo o Tenente João Alberto como Delegado Militar da Revolução, formado por próceres do Partido Democrático. O Gabinete dos 40 dias renunciou devido às pressões dos tenentes, rompendo com João Alberto.

A partir da renúncia do Gabinete dos 40 dias, São Paulo foi governado por interventores federais:

* Tenente João Alberto Lins de Barros, de 25 de novembro de 1930 até 24 de julho de 1931.
* Laudo Ferreira de Camargo, de 25 de julho de 1931 até 13 de novembro de 1931.
* Coronel Manuel Rabelo Mendes, de 13 de novembro de 1931 até 7 de março de 1932.
* Pedro Manuel de Toledo, de 7 de março de 1932 até o fim da Revolução de 1932, em 2 de outubro de 1932. Em 23 de maio de 1932, Pedro de Toledo, foi aclamado pelos paulistas, governador de São Paulo.

Logo depois de vitoriosa a Revolução de 1930, em 6 de novembro de 1930, Luís Carlos Prestes, que conhecia João Alberto do tempo da Coluna Prestes, lançou um manifesto onde dizia textualmente:
Cquote1.svg Brasileiros: Livrái-vos da desonestidade de um João Alberto ! Cquote2.svg
— Luís Carlos Prestes

E o tenente João Cabanas, um dos chefe da Revolução de 1924 e revolucionário de 1930, no seu livro "Fariseus da Revolução", de 1932, assim definiu o tenente João Alberto:
Cquote1.svg João Alberto serve como exemplo: Se, como militar, merece respeito, como homem público não faz juz ao menor elogio. Colocado, por inexplicáveis manobras e por circunstâncias ainda não esclarecidas, na chefia do mais importante estado do Brasil, revelou-se de uma extraordinária, de uma admirável incompetência, criando, em um só ano de governo, um dos mais trágicos confusionismos de que há memória na vida política do Brasil, dando também origem a um grave impasse econômico (déficit de 100.000 contos), e a mais profunda impopularidade contra a "Revolução de Outubro".. e ter provocado no povo paulista, um estado de alma equívoco e perigoso. Nossa história não registra outro período de fracasso tão completo como o do "Tenentismo inexperiente"!. Cquote2.svg
— João Cabanas


Antecedentes do movimento

Cartaz do movimento contra a ditadura getulista.

Em 1932 a irritação dos paulistas com Getúlio Vargas não cedeu com a nomeação de um paulista, Pedro Manuel de Toledo, como interventor do Estado, pois tanto este quanto Laudo Ferreira de Camargo (que havia renunciado por causa da interferência dos tenentes no governo), não conseguiam autonomia para governar.

A primeira grande manifestação dos paulistas foi um megacomício - na época se dizia meeting - na Praça da Sé, no dia do aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro de 1932, com um público estimado em 200 000 pessoas, e, na época, chamados de "comícios-monstro". Em maio de 1932, ocorreram vários comícios constitucionalistas.

As interferências da ditadura no governo de São Paulo eram constantes, não se deixando os interventores formarem livremente seu secretariado, nem do Chefe de Polícia de São Paulo. Pedro de Toledo não governava de fato, as interferências de Miguel Costa, Osvaldo Aranha, João Alberto Lins de Barros, Manuel Rabelo e Pedro Aurélio de Góis Monteiro eram constantes.

O político Paulo Nogueira Filho descreve João Alberto Lins de Barros e Miguel Costa como pessoas que "se arvoravam como donatários de São Paulo"..

Os tenentes do Clube 3 de outubro eram totamente contrários a que se fizesse uma nova constituição, tendo eles entregado, a Getúlio Vargas, em 3 de março de 1932, em Petrópolis, um documento no qual dão seu total apoio à ditadura e no qual se manifestam contrários a uma nova constituição.

Júlio Prestes acreditava, já em 1931, que a situação da ditadura estava se tornando insustentável e declarou no exílio em Portugal:
Cquote1.svg O que não compreendo é que uma nação, como o Brasil, após mais de um século de vida constitucional e liberalismo, retrogradasse para uma ditadura sem freios e sem limites como essa que nos degrada e enxovalha perante o mundo civilizado! Cquote2.svg
— Júlio Prestes

O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, que antes apoiara a Revolução de 1930, uniram-se, em fevereiro de 1932, na Frente Única para exigir o fim da ditadura do "Governo Provisório" e uma nova Constituição. Assim, São Paulo inteiro estava contra a ditadura.

Os paulistas consideravam que o seu Estado estava sendo tratado pelo Governo Federal, que se dizia um "Governo Provisório", como uma terra conquistada, expressão de autoria de Leven Vanpré, governada por tenentes de outros estados e sentiam, segundo afirmavam, que a Revolução de 1930 fora feita "contra" São Paulo, pois Júlio Prestes havia tido 90% dos votos dos paulistas em 1930.

O estopim da revolta foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, assassinados a tiros por partidários da ditadura, pertencentes à "Legião Revolucionária", criada por João Alberto Lins de Barros e orientada pelo Major Miguel Costa, em 23 de maio de 1932.

Pedro de Toledo tentara formar um novo secretáriado independente das pressões exercidas pelos tenentes, quando chegou a São Paulo Osvaldo Aranha, representando a ditadura, querendo interferir na formação do novo secretariado. O povo quando ficou sabendo saiu às ruas, houve grandes comícios e passeatas, e no meio do tumulto a multidão tenta invadir a sede da "Legião Revolucionária". Ao subirem as escadarias do edifício, são recebidos a balas.

Pedro de Toledo, com o apoio do povo, conseguiu, porém montar um secretariado de sua livre nomeação (que ficou conhecido como o Secretariado de 23 de maio), neste dia 23 de maio de 1932 e romper definitivamente com o Governo Provisório.
Multidão reunida em protesto ao assassinato dos estudantes MMDC em São Paulo.

A morte dos jovens deu origem a um movimento de oposição que ficou conhecido como MMDC, atualmente denominado oficialmente de MMDCA:

1. Mário Martins de Almeida (Martins)
2. Euclides Bueno Miragaia (Miragaia)
3. Dráusio Marcondes de Sousa (Dráusio)
4. Antônio Américo Camargo de Andrade (Camargo)
5. Orlando de Oliveira Alvarenga (Alvarenga)

O MMDC foi organizado como sociedade secreta, em 24 de maio de 1932, tendo sido projetado durante um jantar no Restaurante Posilipo, por Aureliano Leite, Joaquim de Abreu Sampaio Vidal, Paulo Nogueira e Prudente de Moraes Neto entre outros. Inicialmente, a sociedade foi chamada "Guarda Paulista", mas, depois, foi fixada em MMDC, em homenagem aos jovens mortos a 23 de maio. Em 10 de agosto, o Decreto nº. 5627-A, do governo do Estado oficializou o MMDC, cuja direção foi entregue a um colegiado, presidido por Waldemar Martins Ferreira, secretário da Justiça, e tendo, como superintendente, Luís Piza Sobrinho. O MMDC foi instalado na Faculdade de Direito e depois transferido para o antigo Fórum, na rua do Tesouro, e depois para o prédio da Escola de Comércio Álvares Penteado.

O dia 23 de maio é sagrado em São Paulo como o Dia do soldado constitucionalista.

Esse fato levou à união de diversos setores da sociedade paulista em torno do movimento de constitucionalização que se iniciara em janeiro de 1932. Neste movimento, liderado pelo MMDC, se uniram o PRP e o Partido Democrata, chamados pela ditadura de "oligarquia", que pretendiam a volta da supremacia paulista e do PRP ao poder e queriam, também, reparar a injustiça ocorrida em 1930, quando o candidato dos paulistas Júlio Prestes foi eleito a presidência mas não pôde tomar posse impedido pela Revolução de 1930, quanto segmentos que desejavam a implantação de uma verdadeira democracia no Brasil, mais ampla que a democracia da Constituição de 1891.
Voluntário paulista na Revolução Constitucionalista.

Começou-se, então, a se tramar um movimento armado visando à derrubada da ditadura de Getúlio Vargas, sob a bandeira da proclamação de uma nova Constituição para o Brasil.

Desde seu início, a revolução de 1932 contou com o apoio decisivo da maçonaria paulista, através de suas lideranças e de seus membros como Pedro de Toledo, Júlio de Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Ibraim Nobre e outros.

Em 9 de julho, Getúlio Vargas já havia estabelecido eleições para uma Assembleia Nacional Constituinte (As eleições foram convocadas em fevereiro de 1932) e já havia nomeado um interventor paulista - as duas grandes exigências de São Paulo. Porém a interferência do governo federal e dos tenentes em São Paulo continuava forte. Os tenentes eram contra a instalação de uma assembleia constituinte, tendo, seus representantes entregado a Getúlio Vargas um manifesto contrário à constituinte em 3 de março de 1932, em Petrópolis, um documento no qual dão seu total apoio à ditadura e no qual se manifestam contrários a uma nova constituição.

Estes atos do Governo Provisório, porém, não evitaram o conflito, já que o que o PRP, agora unido ao seu rival Partido Democrático paulista, almejava voltar a dominar a política nacional, como fazia anteriormente, reparando a injustiça de Júlio Prestes não ter tomado posse como presidente da República em 1930, e dar uma constituição ao Brasil e terminar com as interferências da ditadura no governo de São Paulo.

Era especialmente humilhante para São Paulo a nomeação do major Miguel Costa para comandante da Polícia Militar de São Paulo, então chamada de Força Pública, pois Miguel Costa havia sido expulso da Força Pública em 1924 por tentar derrubar o governo paulista na Revolução de 1924.

O combatente-médico da revolução de 1932, Ademar Pereira de Barros que governaria São Paulo por três vezes, assim explicou, em Santos, em 1934, as razões da revolução de 1932:
Cquote1.svg São Paulo levantou-se em armas em 9 de julho de 1932 para livrar o Brasil de um governo que se apossaria de sua direção por efeito de uma revolução… e se perpetuava indefinidamente no poder, esmagando os direitos de um povo livre.. e que trazia o sempre glorioso São Paulo debaixo de das botas e o chicote do senhor! Cquote2.svg
— Ademar de Barros


O movimento armado
Cartaz convocando os paulistas às armas

Em 9 de julho eclodiu o movimento revolucionário, com os paulistas acreditando possuir o apoio de outros Estados, notadamente Minas Gerais, Rio Grande do Sul e do sul de Mato Grosso, para a derrubada de Getúlio Vargas, o que acabou não ocorrendo. Pedro de Toledo, que ganhara forte apoio dos paulistas, foi proclamado governador de São Paulo e foi o comandante civil da revolução constituionalista. Foi lançado uma proclamação da "Junta Revolucionária" conclamando os paulistas a lutarem contra a ditadura. Formavam a Junta Revolucionária, Francisco Morato do Partido Democrático, Antônio de Pádua Sales do PRP, Generais Bertoldo Klinger e Isidoro Dias Lopes. O general Euclides Figueiredo assumiu a 2º Região Militar.

Alistaram-se 200 000 voluntários, sendo que estima-se que destes, 60 000 combaterem nas fileiras do exército constitucionalista.

No estado de São Paulo, a Revolução de 1932 contou com um grande contingente de voluntários civis e militares e o apoio de políticos de outros Estados, antigos apoiadores da Revolução de 1930, como, no Rio Grande do Sul, Raul Pilla, Borges de Medeiros, Batista Luzardo e João Neves da Fontoura entre outros, que formaram a Frente Única Rio-Grandense, e que tentaram fazer uma revolta mas foram capturados (salvo Batista Luzardo que conseguiu fugir) e exilados pelo interventor gaúcho.
Cartaz MMDC convocando o povo paulista às armas.

No atual Mato Grosso do Sul foi formado um estado independente que se chamou Estado de Maracaju, que apoiou São Paulo. Em Minas Gerais, a revolução de 1932 obteve o apoio do ex-presidente Artur Bernardes, que terminou também exilado.

São Paulo esperava a adesão do interventor do Rio Grande do Sul, o estado mais bem armado, mas este na última hora decidiu enviar tropas não para apoiar São Paulo, mas para combater os paulistas.

Quando se inicia o levante, uma multidão sai às ruas em apoio. Tropas paulistas são enviadas para os fronts em todo o Estado. Mas as tropas federais são mais numerosas e bem-equipadas. Aviões são usados para bombardear cidades do interior paulista. Quarenta mil homens de São Paulo enfrentam um contingente de cem mil soldados. Os planos paulistas previam um rápido e fulminante movimento em direção ao Rio de Janeiro pelo Vale do Paraíba, com a retaguarda assegurada pelo apoio que seria dado pelos outros estados.
Cartaz de convocação para Enfermeiras Voluntárias paulistas

Porém, com a traição dos outros estados, o plano imaginado por São Paulo não se concretizou: Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram compelidos por Getúlio Vargas a se manterem ao seu lado e a publicidade de pretensão separatista do movimento levou São Paulo a se ver sozinho, com o apoio de apenas algumas tropas mato-grossenses, contra o restante do Brasil.[18] Comandados por Pedro de Toledo, aclamado governador revolucionário, e pelo general Bertoldo Klinger, as tropas paulistas se viram lutando em três grandes frentes: o Vale do Paraíba, o Sul Paulista e Leste Paulista.

O estado de São Paulo, apesar de contar com mais de quarenta mil soldados, estava em desvantagem. Por falta de apoio e a traição de outros estados, São Paulo se encontrava num grande cerco militar.

Como as fronteiras do estado foram fechadas, não havia como adquirir armamento para o conflito, fora do país, assim muitos voluntários levaram suas próprias armas pessoais e engenheiros da Escola Politécnica do Estado (hoje EPUSP) e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) passaram a desenvolver armamentos a serem produzidos pelo próprio estado para suprir as tropas. Um navio que trazia do exterior armamento para os paulistas foi apreendido pela Marinha do Brasil.
Veículo blindado desenvolvido com a ajuda da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

No teste de um novo canhão, um acidente matou o Comandante da Força Pública, Coronel Júlio Marcondes Salgado. Uma das armas mais sofisticadas feitas pela indústria paulista foi o trem blindado, usado na campanha militar no Vale do Paraíba.

São Paulo criou moeda própria, que foi falsificada pela ditadura e distribuída na capital paulista para desestabilizar a economia do estado. O dinheiro paulista era lastreado pelo ouro arrecadado pela campanha "Ouro para o bem de São Paulo", também chamado de "Ouro para a vitória".

Também foram compradas armas nos EUA, mas o navio que as transportava foi apreendido. Houve muita falta de munição, o que levou os paulistas a inventarem e usarem um aparelho que imitava o som das metralhadoras, chamado de "matraca".
Veículo construído em chassi caminhão Chevrolet com torre giratória para metralhadora.

Houve intensa mobilização através do rádio, uma novidade na época, onde se destacou César Ladeira da Rádio Record. Usaram-se muita propaganda e contra-propaganda ideológica por parte da ditadura que acusava São Paulo de estar nas mãos do fascismo italiano trazido pelos imigrantes. Eram recrutados, pela ditadura, brasileiros de outras regiões para combaterem São Paulo dizendo-lhes que São Paulo queria se separar do Brasil.

A ditadura colocava elementos infiltrados em reuniões e comícios em São Paulo que pregavam o derrotismo e o desânimo da população.

O crime mais bárbaro, ocorrido durante a Revolução de 1932, ocorreu na cidade de Cunha onde as tropas da ditadura torturaram e mataram o agricultor Paulo Virgínio, por este se recusar a dizer onde estavam as tropas paulistas. Paulo Virgínio foi obrigado a cavar sua própria sepultura e morreu dizendo:
Cquote1.svg Morro mas São Paulo vence! Cquote2.svg
— Paulo Virgínio

Paulo Virgínio, junto com os jovens do MMDC, está enterrado no ponto central do Mausoléu do Ibirapuera e é homenageado dando seu nome a rodovia SP-171, que corta a região onde ele foi assassinado.

O movimento estendeu-se até 2 de outubro de 1932, quando foi derrotado militarmente.
[editar] O fim do conflito
Telegrama relatando o fim das hostilidades.

Em meados de setembro, as condições de São Paulo eram precárias. O interior do estado era invadido paulatinamente pelas tropas de Getúlio Vargas e a capital paulista era ameaçada de ocupação. A economia de São Paulo, asfixiada pelo bloqueio do porto de Santos, sobrevivia de contribuições em ouro feitas por seus cidadãos e as tropas paulistas desertavam em números cada vez maiores.
Tropas gaúchas acampadas na área do Instituto Biológico (futuro Parque do Ibirapuera) durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

Vendo que a derrota e ocupação do estado era questão de tempo, as tropas da Força Pública Paulista, atual Polícia Militar de São Paulo, são as primeiras a se render, no final de setembro. Com o colapso da defesa paulista, a liderança revolucionária paulista se rende em 2 de outubro de 1932, na cidade de Cruzeiro, para as forças chefiadas pela general Pedro Aurélio de Góis Monteiro.

As tropas gaúchas ocupam a capital paulista, pela segunda vez, em menos de dois anos. A primeira vez fora logo após a vitória da revolução de 1930. A maior parte dos líderes paulistas, que não tinha sido exilada em 1930, com a derrota de Revolução de 1932, foi então exilada.

O comandante das forças militares do Sul do Brasil (Exército Sul), do Governo Provisório, que combateram São Paulo, o General Valdomiro Castilho de Lima, é nomeado governador militar em São Paulo.
[editar] Frentes de combate
[editar] Vale do Paraíba
Soldados paulistas no Túnel da Mantiqueira

Principal acesso para o Rio de Janeiro, o Vale do Rio Paraíba do Sul era visto pelos paulistas como teatro principal da guerra.

A estratégia paulista previa a conquista da cidade fluminense de Resende que chegou a ser bombardeada pela artilharia paulista, e previra também o apoio de tropas mineiras, e uma marcha rápida em direção à cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, com a falta de apoio de Minas Gerais, as tropas paulistas demoraram a se mover em direção a Resende e logo se viram defendendo seu próprio território das tropas federais.
Soldados paulistas em trincheira em Silveiras.

Os combates mais importantes se deram na região do Túnel da Mantiqueira que divide São Paulo de Minas Gerais e que era considerado um ponto militar estratégico de grande importância.

O terreno acidentado do Vale do Paraíba paulista e a existência de diversas cidades levaram a um combate encarniçado entre as tropas, porém, a superioridade de tropas e armamentos das forças de Getúlio Vargas levou à ocupação de diversas cidades paulistas do Vale do Paraíba, como Lorena e Cruzeiro e o recuo das tropas paulistas em direção à capital no final do conflito.
Soldados paulistas no embate contra os fluminenses nos arredores de Cunha

Foi na cidade de Cunha, que São Paulo fez-se conhecer do agricultor Paulo Virgínio, que tornou-se um herói e mártir porque, mesmo tendo sido torturado, não revelou, para as tropas fluminenses, onde estavam posicionadas as tropas paulistas. Foi morto, mas graças à sua lealdade, em Cunha, São Paulo venceu, impedindo o avanço das tropas fluminenses sobre a Serra do Mar.
Leste Paulista

Tropas paulistas penetraram no sul de Minas Gerais, sendo contidas em Pouso Alegre em julho de 1932 e repelidas pelas forças federais em direção a Campinas. Após setembro de 1932, cidades paulistas próximas à divisa com Minas Gerais, como Itapira, foram ocupadas pelas tropas fiéis a Getúlio Vargas, tendo sido travadas batalhas no Morro do Gravi, Atibaia e em Bragança Paulista.
Tropas revolucionárias paulistas resistindo ao avanço federal em uma casamata no interior do estado.

No alto da Serra da Mantiqueira, num local conhecido com Garganta do Embaú, ocorreram combates violentos com intuito de dominar aquele ponto estratégico, bem como o túnel da estrada férrea o que permitiria o controle do acesso ao sul de Minas por ferrovia. Os paulistas invadiram a cidade mineira de Passa-Quatro, que foi posteriormente tomada por tropas leais ao Governo Vargas.
[editar] Centro paulista

No centro do estado de São Paulo, destaca-se a região de Botucatu, onde inclusive a Igreja Católica participou ativamente das atividades revolucionárias, que iam desde a coleta de fundos "Campanha Ouro para o bem de São Paulo", até o envio de enfermeiras e paramédicos para as frentes de batalha. O Bispo de Botucatu, Dom Carlos Duarte Costa, doou parte do tesouro da Diocese de Botucatu, chegando mesmo a doar sua "Cruz Peitoral" e organizado um batalhão que ficou conhecido como o "Batalhão do Bispo".
[editar] Sul Paulista
Batalhão Redentor Filhos de Iguape, defronte ao jardim do largo da Igreja Matriz.
Soldados paulistas fotografados por Claro Jansson em Itararé.

O Sul paulista, principal teatro de operações das tropas federais, era o setor mais desguarnecido do estado de São Paulo, pela crença do apoio que viria do Rio Grande do Sul.

Tropas do sul se posicionaram na divisa de São Paulo e Paraná, próximos a cidade de Itararé. Esta, por um grave erro logístico das tropas paulistas, não foi defendida, tendo estas se retirado para o rio Paranapanema, abrindo quase 150 quilômetros de território paulista para as tropas federais, a Coluna Sul.

Como nas demais frentes, tropas federais, em maior número e mais bem equipadas, ocupam cidades paulistas, com o agravante de estas estarem situadas mais ao interior do estado do que nas outras frentes.
[editar] Sul de Mato Grosso (atual Estado de Mato Grosso do Sul)

O grande aliado dos paulistas na Revolução foi outro palco de combates, o estado do Mato Grosso do Sul (na época ainda fazia parte de Mato Grosso) fora até dividido durante a Revolução de 1932, com o sul se emancipando como Estado de Maracaju. Posteriormente a divisão do estado do Mato Grosso aconteceu com a criação do Mato Grosso do Sul, divisão desejada desde o término da Guerra do Paraguai.

As tropas sul-mato-grossenses que deveriam se unir às tropas de São Paulo nunca conseguiram chegar ao destino, ocorrendo duas batalhas principais onde foram impedidas pelos federais; em Porto Murtinho e Coxim. Na região dessas duas cidades ocorreram combates violentos resistindo bravamente contra as forças federais formadas por soldados do norte do estado (atual estado de Mato Grosso).

A luta pelo Porto Murtinho foi o feito mais notável dos sul-mato-grossenses no conflito, houve batalhas sangrentas pela última esperança da entrada de recursos para São Paulo, já que o Porto de Santos estava sobre bloqueio naval governista. O Porto de Santos só fora tomado pelos getulistas no dia 12 de setembro de 1932, mais de dois meses depois do início da luta.
[editar] Rio Grande do Sul

Apesar da "traição" oficial do governo do estado comandado pelo general Flores da Cunha, alguns gaúchos entraram na luta no próprio Rio Grande do Sul. Liderados por Borges de Medeiros um batalhão de cerca 450 homens praticava, utilizando termos atuais, táticas de guerrilha para fixar tropas federais, isto é, atacando destacamentos que partiriam do Rio Grande do Sul para vir reforçar os getulistas contra São Paulo, impedindo-os de chegar aos frontes, principalmente à frente paranaense.

Os revolucionários rio-grandenses tiveram um fim na Batalha de Cerro Alegre, no município de Piratini, no dia 20 de setembro de 1932, quando foram mortos mais de duzentos homens das forças constitucionalistas e o líder Borges de Medeiros preso. Infelizmente, os feitos destes bravos revolucionários estão quase esquecidos, principalmente pelo fato de não haver apoio oficial do governo, considerado uma grande traição pelos paulistas, criando assim uma rivalidade entre os dois Estados.
[editar] Aviação na Revolução
Prédio destruído por bombardeio aéreo legalista em Campinas, 1932.

Durante a revolução, a aviação teve um importante papel no conflito, sendo usado pelos legalistas para eventuais bombardeios e ataques a posições rebeldes, como os dez bombardeios aéreos a Campinas, que causaram muitos danos à infraestrutura da cidade, que foi de 15 a 29 de setembro de 1932 comandado por major-aviador Eduardo Gomes. Além disso, outras cidades, como Lorena, sofreram com um ataque em 19 de setembro.
[editar] Consequências

Terminado o conflito, a liderança paulista se refugia no exílio, enquanto os paulistas computam oficialmente 634 mortos, embora estimativas extraoficiais falem em mais de mil mortos paulistas. Do lado federal nunca foram liberadas estimativas de mortos e feridos. Foi o maior conflito militar da história brasileira no século XX.

Na versão do governo, a Revolução de 1932 não era necessária pois as eleições já tinham data marcada para ocorrer. Segundo os paulistas, não teria havido redemocratização no Brasil se não fosse o Movimento Constitucionalista de 1932.

Porém, o término da revolução constitucionalista marcou o início do processo de democratização. A derrota militar entretanto se transforma em vitória política. Em 3 de maio de 1933 foram realizadas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte quando a mulher votou pela primeira vez no Brasil em eleições nacionais. Ao ver seu governo em risco, Getúlio Vargas dá início ao processo de reconstitucionalização do país, levando à promulgação em 1934 de uma nova constituição. Nesta eleição, graças à criação da Justiça Eleitoral, as fraudes deixaram de ser rotina nas eleições brasileiras.

Getúlio, terminada a revolução de 1932, se reconcilia com São Paulo, e depois de várias negociações políticas, nomeia um civil e paulista para interventor em São Paulo: Armando de Sales Oliveira, participando, mais tarde, em 1938, pessoalmente da inauguração da avenida 9 de julho em São Paulo.

Durante o Estado Novo, os dois interventores federais em São Paulo saíram das hostes do Partido Republicano Paulista: Adhemar Pereira de Barros (1938-1941) e Fernando de Sousa Costa (1941-1945) que havia sido secretário da agricultura do Dr. Júlio Prestes.

Durante a Revolução foram reavivadas as tradições bandeirantes do estado, saindo nas notas do dinheiro paulista, e em muitas publicações, as imagens dos principais bandeirantes paulistas.

Para os paulistas, a Revolução de 1932 transformou-se em símbolo máximo do Estado, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos. Lembrada por feriado no dia 9 de julho, a revolução é mais fortemente comemorada na cidade de São Paulo do que no interior do estado, onde a destruição e as mortes provocadas pela rebelião são ainda recordadas, e também, a revolução de 1932 é muito relembrada nas regiões de divisa, onde se travaram os combates, especialmente no Vale do Paraíba paulista.

No restante do país, o movimento, assim como a já citada Guerra dos Farrapos, é mais lembrado pela versão dos vitoriosos, a de uma rebelião conservadora, visando a reconduzir as oligarquias paulistas ao poder, colocando esta tentativa de volta ao poder como algo inaceitável, e de uma rebelião de velado caráter separatista, que são as versões predominante nos livros didáticos de história do Brasil.
[editar] A preservação da memória e dos ideais de 1932
Obelisco de São Paulo, no Parque Ibirapuera, construído em homenagem aos heróis da Revolução Constitucionalista.
Monumento aos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 no Cemitério da Saudade, em Campinas.

No feriado estadual de 9 de julho, anualmente se realizam comemorações e desfiles cívico-militares, sendo que o mais importante desfile se realiza no parque do Ibirapuera em São Paulo.

Em homenagem à revolução de 1932, no ínicio de julho, um grupo de paulistas faz a "Caminhada 9 de Julho", percorrendo, todos os anos, a pé, 927 quilômetros pelo estado de São Paulo. Cruzam o estado de São Paulo, saindo de Rubineia, no extremo oeste do estado e vão terminar a caminhada em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, onde foi assinada a rendição dos paulistas. Os organizadores desta caminhada cívica pretendem entrar para o livro Guiness dos recordes como a maior caminhada cívica do mundo.

Nesta solenidade são depositados no Mausoléu do Soldado Constitucionalista os restos mortais dos veteranos falecidos no ano corrente.

Em 2008 a cidade de Cruzeiro recebeu através da lei estadual 13203 o honroso título honorífico de "Capital da Revolução Constitucionalista de 1932" em virtude dos marcantes episódios desse conflito ocorridos no município, dentre os quais a assinatura do Armistício, termo de cessação da Revolução que deu-se no dia 02 de outubro de 32 na Escola Arnolfo Azevedo (na época transformada em quartel-general das tropas paulistas), localizada na região central da cidade.

O Exército Constitucionalista ainda existe e é presidido por veteranos de 1932. A Sociedade dos Veteranos de 1932 preserva a memória, documentos e relíquias de 1932.
Referências

1. ↑ MANSO, M. Costa. São Paulo e a Revolução: 1932. São Paulo: scp. 1977. 11p.
2. ↑ PUIGGARI, Umberto. Nas Fronteiras de Mato Grosso. São Paulo: scp, 1933.
3. ↑ CALMON, Pedro, O movimento constitucionalista. In: "História do Brasil". 2a ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1963. v. 6, cap. 37.
4. ↑ . FIGUEIRA, J.G. de Andrade. A Federação dos Voluntários de São Paulo. São Paulo: scp, 1975. 17p.
5. ↑ MALUF, Nagiba M. Rezek. Revolução de 32: o que foi, por que foi. São Paulo: Edicon, 1986.
6. ↑ OLIVEIRA, Clóvis de. A Indústria e o Movimento Constitucionalista de 1932. São Paulo: Federação e Centro de Indústrias, 1956. 320p.
7. ↑ MATOS, João Batista (general). São Paulo em seus Movimentos. slp, scp, sd.
8. ↑ MALUF, Nagiba M. Rezek. Revolução de 32: o que foi, por que foi. São Paulo: Edicon, 1986.
9. ↑ AMARAL, Lêonidas do, Os Pródromos da Campanha Presidencial, Edição do Autor, São Paulo, 1929.
10. ↑ DEBES, Célio, Washington Luís, IMESP, São Paulo, 2 volumes, 2002
11. ↑ CALDEIRA, Jorge, Viagem pela História do Brasil, Companhia das Letras (1997).
12. ↑ AFFONSO HENRIQUES, Ascensão e Queda de Getúlio Vargas, 3 volumes, Editora Record, 1966
13. ↑ VAMPRÉ, Leven, São Paulo Terra Conquistada, São Paulo, Editora Paulista, 1932, 293p.
14. ↑ Carta de Júlio Prestes pertencente ao Arquivo Particular de Jacqueline Melo Ferreira.
15. ↑ http://www.america.org.br/documentos/rev_const_1932.html
16. ↑ http://www.america.org.br/documentos/rev_const_1932.html
17. ↑ VARGAS, Getúlio, Diário, Fundação Getúlio Vargas, 1997
18. ↑ [http:// MOREIRA, Regina da Luz.Revolução de 1932. CPDOC, FGV]
19. ↑ EIRAS, José Guilherme. Revolução Constitucionalista de 1932. São Paulo: M & Silva, 1934. 18p.
20. ↑ COPPOS, Odette. A Revolução Constitucionalista de 1932 (Setor Leste). Itapira: Linhasgerais, 1996. 88p. (ilust.)
21. ↑ MARQUES, José Sérgio, Turriani, Ocorrências da Revoluçção Constitucionalista de 1932 no Setor Sul, Botucatu-SP, Edição do Autor, 2008.
22. ↑ ABRAHÃO, Miguel M. - A Escola - Ed. Espaço Jurídico, 2007, 312 pg.
23. ↑ MIRANDA, Alcibíades (coronel). A Rebelião de São Paulo. Curitiba: scp, 1934, 249p. v.2
24. ↑ ERVEN, Silvio Van. Rebelião Paulista: efemérides sulinas. slp, scp, sd.
25. ↑ OSÓRIO, Manoel. A Guerra de São Paulo, 1932: esboço crítico do maior movimento armado no Brasil. 2a ed. São Paulo: Americana, 1932. 192p.
26. ↑ MESQUITA FILHO, Julio de. Memórias de um Revolucionário. São Paulo: scp, 1956.
27. ↑ OLIVEIRA, Benedito Fernandes de. Revolução Paulista de 1932. São Paulo: Rev. dos Tribunais, 1950. 132p. (ilust.)
28. ↑ MOREIRA, Regina da Luz. Revolução de 1932. CPDOC, FGV]

Bibliografia

Ver artigo principal: Bibliografia da Revolução de 1932

Ligações externas

* Arquivo Público do Estado de São Paulo
* Informações sobre operações aéreas durante a revolução
* Site em memória a Júlio Prestes
* Museu Virtual com objetos da Revolução de 32

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dia de São Pedro




Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha, que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha.[4] Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".

Dados biográficos



Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo Santo André. Novas pesquisas no campo demonstram que Pedro e os demais apóstolos não eram simples pescadores. Ele e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes Zebedeu.[5] Pedro era casado e tinha pelo menos um filho. Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma villa romana[6], na cidade "romana" de Cafarnaum[7]. O pai da esposa de Pedro chamava-se Aristóbulo, que tinha um irmão conhecido por Barnabé, e pertenciam provavelmente a uma família aristocrática, possivelmente a do rei Herodes.

Segundo o relato no Evangelho de São Lucas,[8] Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar na barca que foi afastada um pouco da margem.

No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".

Nos Evangelhos Sinóticos o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.

Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo Amado, quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.

Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e aí permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. A Bíblia atesta que após esta reunião, Pedro ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas. A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma, esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur da Escola Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia.[2] Hoje, porém os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou, que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de São Pedro em Roma.[2] Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.

O primado de Pedro segundo a Igreja Católica

Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da pergunta: quem é Jesus? Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro.

Encontramos o relato do evento no Evangelho de São Mateus, 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".

Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja[9], e as portas do Hades[10] nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado[11] nos céus” (Mt 16, 16:19).

O Evangelho de João[12], bem como o de Lucas[13], também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe: Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes? "Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas? - "Sim, Senhor”, disse ele, “tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas? Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara “Tu Me amas?” e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas.[14]

Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.[15]

Mais do que em Mt 16, 17:19 esse texto é mais claro no que se refere ao primado que Cristo confere a Pedro no próprio seio dos apóstolos; um papel de direção na Fé.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Biblioteca Municipal recebe a escritora Elvira Vigna


O programa Viagem Literária traz para um bate-papo a consagrada escritora Elvira Vigna. O evento é gratuito e será realizado no dia 23 de junho às 10hs na Biblioteca Municipal "Carlos Drummond de Andrade".

Escritora, ilustradora e jornalista, Elvira Vigna nasceu no Rio de Janeiro, em 1947. É diplomada em literatura pela Universidade de Nancy, França, e Mestre em Comunicação pela UFRJ. Especializou-se em Gravura no antigo Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro e estudou Design em Nova York. Publicou contos, livros infantis e sete romances: Sete anos e um dia (1988), Assassinato de Bebê Martê (1997), Às seis em ponto (1998), Coisas que os homens não entendem (2002), A um passo (2004), Deixei ele lá e vim (2006) e o mais recente Nada a dizer (2010). Premiada por seus livros e ilustrações, Elvira é também crítica de arte e atualmente escreve para o site Aguarrás.

Fonte: Biblioteca Municipal

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Histórias em video no Acessa SP

Crianças assistindo a histórinha de Chapeuzinho vermelho no Acessa.

Criança visitam a Biblioteca Municipal e o Acessa SP




A leitura representa uma ferramenta eficaz nos processos de aprendizagem.
O contato com livro torna-se um encontro sagrado, comprometimento cultural, é possibilidade de voar, de encarnar personagens, de sonhar. (Paulo Freire)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

OSAAS de Macatuba, abre inscrição para o Processo Seletivo Público

A Organização Santo Antônio de Ação Sociasl - OSAAS de Macatuba, abre inscrição para o Processo Seletivo Público para os cargos:

AUXILIAR DE SERVIÇOS (FEMININO)
AUXILIAR DE SERVIÇOS (MASCULINO)
FISIOTERAPEUTA
INSTRUTOR DE CANTO CORAL
INSTRUTOR DE DANÇA
INSTRUTOR DE INFORMÁTICA
MONITOR DE MENORES (MASCULINO)
MONITOR ESPORTIVO
NUTRICIONISTA e
PAJEM (FEMININO)

As inscrições poderão serem realizadas no período de 07 a 20 de junho de 2010 através do endereço eletrônico: http://www.omconsultoria.com.br.

Maiores Informações: www.omconsultoria.com.br

terça-feira, 8 de junho de 2010

Festa junina

Origem da fogueira

Grandes fogueiras são tradição do São João brasileiro e europeu
Balão de São João em Portugal, cidade do PortoDe origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.

Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

O uso de balões
O uso de balões e fogos de artifício durante o São João no Brasil, está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal, onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis são atados no balão com desejos e pedidos.

Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei em muitos locais, devido ao risco de incêndio.

Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas por nomes como traque, chilene, cordão, cabeção-de-negro, cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, cobrinha, espadas-de-fogo.

O mastro de São João
O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.

Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a celebrar as festas desse mês — o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton". O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Em Lóriga a tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro.

Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.

A Quadrilha
A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.


Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.

No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:
"Quadrilha Caipira" (São Paulo)
"Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)
"Baile Sifilítico" (Bahia)
"Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
"Quadrilha" (Sergipe)
"Quadrilha Matuta"
Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.

Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Outras danças e canções
No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião, o xote, o reizado, o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.

Costumes populares

Festa junina caipira.As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.

No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de chita e chapéu de palha.

No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.

Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plástico e alho-porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.

Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio
O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:

Confessei-me a Santo Antônio,
confessei que estava amando.
Ele deu-me por penitência
que fosse continuando.
Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:

Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. E elas pedem:

Meu Santo Antônio
Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.

No dia 13, é comum ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.

Em Lisboa, é tradicional a cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a casar-se 200 a 300 casais ao mesmo tempo.

Brasil

As festas juninas, são na sua essência multicurais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Santo Antônio, São João e São Pedro principalmente. A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e emigrantes dos país irmão. As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Ásia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.

No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Locais
Estes arraiais são muito comuns em Portugal e não são exclusivos do São João, são parte da tradição popular em geral. Nessas festas podemos encontrar imensas semelhanças tanto no Brasil como em Portugal, mas não só. Na África e na Ásia, Macau, Índia, Malásia, na Comunidade Cristang, os portugueses deixaram essa tradição dos santos populares bem marcada.

Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Caruaru em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Amargosa, Cruz das Almas, Piritiba e Senhor do Bonfim na Bahia, na Mossoró no Rio Grande do Norte; Maceió em Alagoas; Recife em Pernambuco; Aracaju em Sergipe; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Além disso, também existem nas pequenas cidades, festas mais tradicionais como Cruz das Almas, Ibicuí, Jequié e Euclides da Cunha na Bahia. As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre. Além disso, Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte disputam o terceiro lugar de maior são joão do mundo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A leitura é 10



A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê de mais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.
Albert Einstein

Usuário e funcionários enfeitando o acessa



Viagem Literária na Biblioteca

quarta-feira, 2 de junho de 2010

História das Copas do Mundo

De quatro em quatro anos, seleções de futebol de diversos países do mundo se reúnem para disputar a Copa do Mundo de Futebol.

A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA ( Federation International Football Association).

A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 16 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.

Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da Segunda Guerra Mundial.

Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.

O Brasil sentiria o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na copa disputada na Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a taça.

Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores ( Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.

Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o Brasil chegaria novamente a final, porém perderia o título para o pais anfitrião: a França.

Em 2002, na Copa do Mundo do Japão / Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.

Em 2006, foi realizada a Copa do Mundo da Alemanha. A competição retornou para os gramados da Europa. O evento foi muito disputado e repleto de emoções, como sempre foi. A Itália sagrou-se campeã ao derrotar, na final, a França pelo placar de 5 a 3 nos pênaltis. No tempo normal, o jogo terminou empatado em 1 a 1.

Em 2010, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo será realizada no continente africano. A África do Sul será a sede do evento.

Em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, pois foi em 1950 que ocorreu a última copa no Brasil.

Curiosidades sobre a História da Copa do Mundo de Futebol

- O recorde de gols em Copas é do francês Fontaine com 13 gols;

- O Brasil é o único país que participou de todas as Copas do Mundo;

- O Brasil é o país com mais títulos conquistados: total de cinco;

- A Itália foi quatro vezes campeã mundial. A Alemanha foi três vezes, seguida das bi-campeãs Argentina e Uruguai. Inglaterra e França possuem apenas um título cada;

- A Copa do Mundo é o segundo maior evento esportivo do planeta;

- As Copas do Mundo da França (1998) e Japão / Coréia do Sul (2002) foram as únicas que tiveram a participação de 32 seleções. A Copa do Mundo da Alemanha 2006 teve o mesmo número de seleções participantes.

Os campeões de todos os tempos

Uruguai (1930) / Itália (1934) / Itália (1938) / Uruguai (1950) / Alemanha (1954) / Brasil (1958) / Brasil ( 1962) / Inglaterra ( 1966) / Brasil (1970) / Alemanha (1974) / Argentina (1978) / Itália (1982) / Argentina (1986) / Alemanha (1990) / Brasil (1994) / França (1998) / Brasil (2002), Itália (2006).

Sugestões de leitura:

- Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo - Paulo Vinicius Coelho, Panda Books

- Moderno Almanaque das Copas do Mundo - Gláucia Parreira, Yendis

- Copas do Mundo: Histórias e Estatísticas - Luiz Fernando Baggio Monclar, Axcell Books

- Brasil em Copas do Mundo - Barbosa Filho, Panoramas do Saber.

Usuário ajundando enfeitar o acessa para copa

Enfeitando o Acessa de Macatuba

Reflexão

Ei! Sorria… Mas não se esconda atrás desse sorriso…
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe… Olhe a sua volta, quantos amigos…
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça… Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba… faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você… não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que… te adoro, simplesmente porque você existe.

Categorias: Textos, Poemas e Poesias
Etiquetado: Charles Chaplin, reflexão, texto

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Acessa SP no Jornal Mural de Macatuba



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Junho é mês de festa em Macatuba

No dia 13 de junho Macatuba completa 110 anos, e as festividades estão espalhadas por todo o mês.
Nos dias 7 e 12 a artista plástica Cássia Rando vem para Macatuba com a exposição "Do lixo ao luxo". A mostra é feita com peças de artesanato com material reciclável, o evento acontece no Teatro Municipal "Renata Licya dos Santos Ludovico". O horário de visitação é entre 9hs às 11hs e das 13hs às 16hs, a entrada é franca.
No dia 10 de junho está confirmada a vinda da peça teatral O Analista de Bagé. A apresentação está marcada para as 20hs, os ingressos custam R$20,00 antecipados, e R$30,00 na hora.
Dia 13 de junho, dia do aniversário de Macatuba, acontece o principal evento do calendário comemorativo aos 110 anos da cidade, é o tradicional Desfile Cívico, que acontece a partir das 9hs.
Já no dia 19 a praça Santo Antonio será palco de série da Feira Cultural Médio Tietê, que tem evento durante todo o dia. Às 9hs acontecera a abertura da feira de artesanato. Para às 13hs está prevista a apresentação dos jovens que integram o Projeto Guri. Às 14hs tem apresentação do projeto Educartes, com o espetáculo "Bate Lata". Às 14h30 a atração é uma apresentação de dança contemporânea, seguida por uma orquestra às 15hs. Após a orquestra, terá mais três apresentações musicais: Orquestra Camerata às 16hs, e uma banda de coreto às 17h30. A partir das 19hs, acontece a apresentação da peça teatral "Sereno da Flor" no Teatro Municipal, com entrada franca, e assim encerrando o dia.
E no dia 23 de junho às 10hs acontecerá na Biblioteca Municipal de Macatuba um Bate-Papo com a escritora Elvira Vigna, o evento é gratuito.

Fonte: Jornal de Macatuba

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Oportunidade

Eu Nelson José Barbosa como monitor do acessa sp um projeto bem elaborado pode ser nosso norte ao procurarmos por soluções que se encaixem em nossas necessidades. Com um projeto em mãos, podemos ter a certeza de que atingiremos nosso objetivo.
Um projetista, ao elaborar seu projeto, deve procurar entender extremamente bem quais as necessidades do seu posto, através de reuniões, conferências, análises e pesquisas. Por vezes, nem nós mesmos enquanto usuário sabe exatamente o que queremos. Sabemos apenas que necessitamos de uma infra-estrutura de comunicações, mais nada. Cabe ao bom projetista auxiliar o usuário a descobrir as necessidades ideais de comunicação do seu posto.

Informações para se tornar usuário do Acessa SP

Quem pode usar?

O Acesso é gratuito e permitido a todo cidadão.

O cadastro é obrigatório.

Menores de 16 anos devem se cadastrar na presença do responsável.

Menores de 11 anos devem utilizar o posto acompanhados do responsável.

Idosos, gestantes e deficientes físicos têm atendimento preferencial.


Como usar?

Cada usuário tem direito a 30 minutos.

É permitido o uso mais de uma vez por dia.


Não é permitido alterar as configurações do computador.

É proibido acessar sites que contenham pornografia, pedofilia, racismo, violência e jogos de azar.

Impressão permitida somente para serviços de utilidade pública e currículos.


No Acessa SP você poderá gratuitamente:

Enviar e receber e-mail.

Procurar vagas de emprego.

Realizar cursos à distância.

Consultar multas de trânsito.

Consultar processos na justiça.

Pesquisar sites sobre: cultura, esporte, economia, saúde, etc...

Dúvidas, sugestões e reclamações: acessaspmacatuba@hotmail.com


Seja um usuário do Acessa você também.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Acessa SP de Macatuba


O Acessa São Paulo é o programa de inclusão digital do Governo do Estado de São Paulo, coordenado pela Secretaria de Gestão Pública, com gestão da Prodesp, Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Diretoria de Serviço ao Cidadão e parceria com a Prefeitura Municipal de Macatuba.
O Acessa SP foi implantado em Macatuba no dia 04 de Agosto de 2008, e sua inaguração foi realizada no dia 19 de Setembro do mesmo ano. O Programa Acessa São Paulo abre e mantém espaços públicos com computadores para acesso gratuito e livre à internet para toda população macatubense.
Para conhecer melhor o Programa Acessa São Paulo acesse o site: http://www.acessasp.sp.gov.br/
Em Macatuba o nosso posto fica localizado na Biblioteca Municipal, na rua São Paulo, 1267 Centro. Para maiores informações ligue: (14) 3298-9969
Horário de funcionamento: Segunda à Sexta, das 8hs às 17hs.

Conhecendo Macatuba







O município de Macatuba é originado do povoado de Santo Antonio do Tanquinho, criado por volta de 1900, quando pequenos lavradores fixaram suas residências umas próximas às outras. Com o aumento das famílias que fixaram residência naquele povoado, em 1912 foi elevado à condição Distrito de Paz – pertencente a Ubirama (atual Lençóis Paulista), através da Lei Estadual nº. 1.337, de 7 de dezembro daquele ano, recebendo o nome de Bocayuva, em homenagem ao Senador Quintino Bocayuva.
A Lei Estadual nº. 1.975, de 1º de outubro de 1924 elevou o então distrito a município, com o desmembramento de terras de Ubirama (Lençóis Paulista). Contudo a sua instalação ocorreu somente em 1º de fevereiro de 1925, sendo esta a data de sua emancipação política. A denominação Macatuba, de origem indígena, foi instituída anos mais tarde pelo Decreto-Lei Estadual nº. 14.334, de 30 de novembro de 1944. Em tupi-guarani, macatyba significa abundância de macás, uma espécie de palmeira nativa da região.
Macatuba, localizada no interior do estado de São Paulo é uma das cidades que integra, com outros 9 municípios da região, o "Circuito turístico caminhos do centro oeste paulista", coordenado pelo CODER - Conselho de Desenvolvimento Econômico Regional e orientado pelo SEBRAE-Bauru. Postula o reconhecimento de Capital Nacional do Patriotismo. Na cidade está a sede da organização da sociedade civil Patriotismo, que coordena projetos locais voltados a essa conquista e reconhecimento. As festividades cívicas têm como destaques: Dia do Município (13 de junho); Semana da Pátria (1º a 7 de setembro); Dia da Bandeira (19 de novembro). No Dia da Bandeira é realizado no município o Cerimonial peculiar de incineração de bandeiras inservíveis em praça pública, conduzido por uma das Forças Armadas (conforme Lei 5.700); é significativa participação popular. O Artesanato local integra o projeto da "Capital Nacional do Patriotismo" e é coordenado pela AMARTE - Associação Macatubense de Artesanato e Expositores, criada em 2007.